É uma intervenção cirúrgica destinada a proceder à remoção do apêndice vermicular (também designado de ileocecal), uma pequena estrutura
tubular, que se constitui como um pequeno prolongamento do ceco, a
porção inicial do intestino grosso. Esta intervenção surge em sequência
do surgimento de uma apendicite, isto é, uma infecção do apêndice. A
apendicite pode ser do tipo crónico, de evolução lenta, ou agudo,
necessitando de intervenção cirúrgica imediata, já que uma das evoluções
possíveis é a morte, por gangrena do órgão e expansão da infecção à
restante cavidade abdominal, podendo mesmo ocorrer o rebentamento do
apêndice. Entre estas duas formas extremas, situa-se um contínuo de
gravidade de quadros clínicos de apendicite, cujo aparecimento depende
de determinados factores, como a estrutura linfóide do órgão, o tipo de
inervação, grau de vascularização, tipo de microrganismos presentes e
posição, entre outros.
A apendicite é uma doença de ocorrência universal e frequente,
afectando uma em cada 500 pessoas. Embora possa ocorrer em qualquer
idade, raramente surge em crianças com menos de seis anos.
SINTOMAS:
Caracterizam-se pelo surgimento de uma dor na zona
abdominal inferior, no quadrante direito, que se inicia próximo ao
umbigo e se prolonga para baixo e para a direita, sendo acentuada pelo
movimento corporal. Surge também sensibilidade ao toque no abdomen,
podendo ser acompanhada de alterações do trânsito intestinal (diarreia
ou prisão de ventre), vômitos, náuseas, febre pouco elevada, perda de
apetite e abundantes suores na zona abdominal.
A inflamação do apêndice pode decorrer de uma infecção por
microrganismos, a nível do tracto digestivo ou devido a qualquer
problema que origine uma obstrução das fezes.
DIAGNÓSTICO:
É realizado com base na análise dos sintomas, palpação
abdominal e análises sanguíneas, nomeadamente, para observação do número
de glóbulos brancos circulantes, possíveis indicadores de uma infecção.
Outro meio de diagnóstico complementar possível é a observação da
cavidade abdominal, através do recurso a um aparelho de ecografia.
A apendicectomia é passível de ser realizada pelo processo
tradicional, através da realização de um corte de abertura na zona
abdominal, ou através de cirurgia laparoscópica, que deixa uma cicatriz
muito menos visível, graças a serem efectuados apenas pequenos cortes
para inserção de uma microcâmara de vídeo e dos instrumentos cirúrgicos.
Os pacientes sujeitos a uma apendicectomia podem retomar a sua vida normal, sem qualquer tipo de complicação ou alteração
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