quinta-feira, 23 de abril de 2015

Tipos de edemas


  Os edemas são acúmulos de substância em determinadas partes do organismo humano e podem ser evidenciados por meio da realização do exame físico.
 O edema deve ser analisado clinicamente por meio da inspeção e palpação, analisando a profundidade e extensão do mesmo.

Edema Alérgico: pode ser generalizado (anasarca), mas costuma restringir-se a certas áreas, principalmente à face. Instala-se  de modo súbito e rápido.
Por esse motivo, a pele se torna lisa e brilhante, podendo também se apresentar com temperatura aumentada e coloração rubra (avermelhada). Trata-se de um edema mole e com certa elasticidade.

Linfedema: resultante do comprometimento do sistema linfático. Suas características dependem da etiologia, do tempo de evolução e de suas complicações.
Em sua fase inicial, o linfedema é mole, depressível, frio, indolor e regride com o repouso. O linfedema de longa duração costuma ser duro, não depressível, frio, indolor e não regride com o repouso.

Edema na Trombose Venosa (tromboflebite): aparece em 80% dos casos de trombose venosa. 
Localiza-se na região imediatamente abaixo da trombose (quando ela atinge a veia ilíaca ou a veia cava inferior pode levar ao edema do períneo, da região glútea ou membro inferior). É mole, chega a ser intenso, e a pele costuma ser pálida. Em certos casos adquire tonalidade cianótica (devido à estase venosa).

Edema Varicoso: quando localizado, pode aparecer em indivíduos portadores de varizes. Situa-se nos membros inferiores, preponderando em um ou outra perna, acentua-se com a longa permanência na posição ereta.
Não é muito intenso (+ a +++). A princípio, é de consistência mole, porém, nos casos mais antigos, tende a tornar-se mais duro. É inelástico e, com o passar do tempo, a pele vai alterando sua coloração até adquirir tonalidade castanha ou mesmo mais escura, podendo se tornar espessa ou de textura mais grosseira.

Mixedema: consiste em uma forma particular de edema, observado na hipofunção tireoidiana. Não se trata de uma retenção hídrica, conforme ocorre nos edemas de uma maneira em geral.
No mixedema há deposição de substância mucopolissacarídea (glicoproteínas) no espaço intersticial e, secundariamente, certa retenção de água. É um edema pouco depressível, inelástico, não muito intenso, e a pele apresenta alterações próprias da insuficiência tireoideana.

Edema na Cirrose Hepática: é generalizado, mas quase sempre discreto (+ a ++). Predomina nos membros inferiores, sendo habitual a presença de ascite concomitante.
É mole, inelástico e indolor. Além da hipoproteinemia, consequência do distúrbio metabólico proteico, acredita-se que participe de modo relevante na sua formação o hiperaldosteronismo secundário, responsável pela retenção de água e sódio.

Edema na Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC): é um dos sinais cardinais da ICC; caracteriza-se por ser generalizado, com predominância nos membros inferiores.
Varia de intensidade (+ a ++++), é mole, inelástico e indolor. A pele circunjacente pode apresentar-se lisa e brilhante. Decorre, sobretudo, do aumento da pressão hidrostática associada à retenção de água e sódio.

Edema Renal: é observado na síndrome Nefrótica, síndrome nefrítica e na pielonefrite. Seja qual for a sua causa, apresenta características semiológicas comuns (embora se diferenciem quanto à fisiopatologia).
É um edema generalizado, predominantemente facial, acumulando-se predominantemente de modo particular nas regiões subpalpebrais. É mais relevante no período matutino - os pacientes costumam relatar que amanhecem com os olhos empapuçados.

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